O desmatamento nos trópicos é responsável por 20% das emissões globais de gases de efeito estufa. Uma alternativa para controla-lo é aumentar a produtividade agrícola, reduzindo assim a demanda por terra, conforme sugeriu Norman Borlaug, o “pai da Revolução Verde”. A tese de Borlaug, porém, ignora um ponto importante: uma agricultura mais produtiva gera incentivos econômicos para que produtores expandam suas atividades, o que pode provocar desmatamento. Em princípio, não sabemos qual é o efeito mais forte – o de intensificação, que ajudaria na proteção da vegetação nativa, ou o de expansão, que geraria ainda mais áreas desmatadas.
Para melhor entender a relação entre produtividade e desmatamento no Brasil, este projeto analisa a expansão da eletrificação rural no país. O aumento da disponibilidade de energia elétrica é considerado um dos principais contribuintes para o crescimento da produtividade agrícola.
Os pesquisadores usaram dados sobre a expansão da rede elétrica e dos Censos Agropecuários do IBGE entre os anos 1960 e 2000. Um primeiro resultado encontrado é que a distribuição de energia elétrica leva a um aumento da produtividade agrícola e intensificação das lavouras, mas também reduz as áreas de pastagem. A consequência desse movimento é um aumento de vegetação nativa dentro das propriedades privadas. Há também uma expansão da fronteira agrícola, mas isso não é forte o suficiente para reverter o aumento de matas dentro das áreas rurais.
Essas descobertas levantam uma questão importante: quando a lavoura se torna mais produtiva, por que os produtores não expandem tanto a pecuária quanto a lavoura simultaneamente? Os pesquisadores observam que os produtores rurais enfrentam restrições de crédito e de mão de obra durante o período analisado, o que os obriga a escolher entre uma atividade e outra. No caso dessa pesquisa, os produtores escolhem expandir a lavoura, atividade em que se tornaram mais produtivos.
A eletrificação rural no Brasil é um exemplo de política que melhora a produtividade e diminui o desmatamento ao mesmo tempo. A mensagem principal desse estudo é que políticas que aumentam a produtividade agrícola podem ser aliadas no combate ao desmatamento. Porém, para que essa estratégia funcione, ela deve induzir os produtores a se modernizem e desenvolverem atividades menos intensivas em terra, e mais intensivas em capital e trabalho.
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