Entre 2004 e 2012, houve redução de quase 80% da taxa anual de desmatamento na Amazônia brasileira, em grande parte devido a políticas de combate ao problema.
Em paralelo, houve também expressiva mudança na composição do desmatamento. Enquanto pequenas clareiras somavam em torno de um quarto da área total de floresta desmatada por ano em meados da década de 2000, já representavam mais da metade em 2012.
O Brasil encontra-se, portanto, diante de um novo desafio: conter o desflorestamento de pequenas áreas, mais difíceis de detectar e, por isso, de combater. Para enfrentar tal desafio, é preciso entender o que está por trás da crescente participação do desmatamento em pequenas clareiras ao longo do tempo. Neste projeto, damos um primeiro passo nessa direção. Explorando dados de todas as propriedades rurais registradas no Cadastro Ambiental Rural (CAR) no Mato Grosso e Pará, estudamos o padrão de desmatamento ocorrido dentro dessas propriedades entre 2002 e 2012.
Os resultados revelam um aumento na fração da área desmatada através de pequenas clareiras dentro de propriedades pequenas, médias e grandes em ambos os estados. Esse padrão sugere que agentes do desmatamento adaptaram suas práticas à conhecida limitação do sistema de monitoramento, que não detecta clareiras menores de 25 hectares. Além disso, os dados indicam que pequenas propriedades emergiram como os atores predominantes do desflorestamento dentro de propriedades privadas no Pará, antes praticado principalmente por grandes e médias propriedades. No Mato Grosso, a participação relativa de pequenas, médias e grandes propriedades permaneceu relativamente constante.
A análise contém importantes implicações para a formulação de políticas. Por um lado, ressalta a necessidade de novas estratégias focadas no desmatamento em pequenas clareiras. Por outro lado, ainda que os dados utilizados no estudo não permitam identificar as causas por trás dos diferentes padrões estaduais, o trabalho ilustra como uma mesma política pode ter efeitos regionais distintos.
Diante disso, o desmatamento não pode mais ser tratado como um fenômeno homogêneo na Amazônia. Um combate mais efetivo ao desmatamento ilegal hoje requer que políticas, esforços e práticas sejam moldados às especificidades regionais, beneficiando os estados e o país como um todo.
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