A maioria dos países está passando por grandes mudanças em sua matriz energética, com impactos variados nas regiões produtoras de energia. Com o esforço crescente para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e a inevitável mudança para energias renováveis, há previsão de que a produção de cana-de-açúcar e de etanol se expanda em todo o mundo. No Brasil, país que é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, estima-se crescimento de 37% da área para este tipo de cultivo na próxima década – o maior aumento entre todos os produtos agrícolas (OECD/FAO, 2015).
Este projeto analisa os impactos gerados pela instalação de usinas produtoras de açúcar, etanol e bioeletricidade no Mato Grosso do Sul, uma indústria que praticamente triplicou de tamanho em oito anos. A pesquisa encontra uma série de impactos positivos decorrentes da chegada das usinas, com investimentos representando em média 130% do PIB municipal. Além disso, observa-se que a instalação de uma usina gera aumento considerável no PIB e na população. Há também crescimento significativo do emprego, dos salários e das receitas fiscais.
São também observadas mudanças no uso da terra, principalmente com a conversão de pastagens em canaviais. Notam-se ainda influências positivas em outras atividades agrícolas, levando a um aumento na produtividade de outras culturas. Entre os mecanismos que contribuem para essas influências estão uma força de trabalho maior e mais qualificada, combinada com melhor acesso a transporte, serviços financeiros, equipamentos agrícolas e atividades de apoio à agricultura.
Dessa forma, esse estudo contribui para a formulação de políticas públicas em três aspectos importantes. Primeiro, os resultados dessa pesquisa são relevantes para o acirrado debate sobre como diferentes fontes de energia afetam as regiões produtoras e, portanto, sobre quais fontes devem ser incentivadas. É válido destacar que, em 2015, 164 países possuem metas de energias renováveis e 145 países possuem políticas de apoio às energias renováveis (REN21, 2015).
Segundo, há crescentes esforços de políticas públicas visando tanto à proteção dos ecossistemas como à elevação da produtividade da terra de forma a atender ao aumento da demanda mundial por alimentos e biocombustíveis. No Brasil, assim como em vários outros países em desenvolvimento, a alocação de terras é historicamente ineficiente. Esse estudo mostra que investimentos em bioenergia podem substituir os combustíveis fósseis e, ao mesmo tempo, tornar o uso da terra mais eficiente.
Finalmente, governos locais frequentemente concedem incentivos fiscais para atrair investimentos privados. A pesquisa examina as profundas mudanças econômicas e sociais que estes investimentos trazem para os municípios.
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