357.660 km2
79
2,4 milhões
85,6%
14,4%
R$ 54,5 bilhões
R$ 17,8 mil/habitante
R$ 7,7 bilhões
No Mato Grosso do Sul, a transição expressiva da pecuária para a agricultura pode oferecer lições valiosas sobre a dinâmica de usar a terra com mais eficiência. Setenta por cento das terras rurais da região ainda são usadas para pastagens, que são, em grande maioria, improdutivas. A aceleração do processo de conversão destas terras para atividades altamente produtivas pode ajudar a prevenir o desmatamento no Cerrado e na Mata Atlântica e aumentar a chance de cumprimento do Código Florestal.
Há tempos, a pecuária é a única atividade econômica do Mato Grosso do Sul. Devido às pastagens naturais da região e à alta demanda por parte de seus estados vizinhos, 80% da sua área rural era ocupada pela pecuária até cerca de 1970. O estado começou a promover ativamente o desenvolvimento na área ocupada pelo Cerrado nas décadas de 1960 e 1970, por meio de políticas que apoiavam pesquisas sobre variedades de mudas adaptadas ao solo da região, aumento da infraestrutura local e estímulo às linhas direcionadas de crédito. A partir desse ponto, o cultivo da lavoura começou a se tornar mais relevante no estado, a começar pela soja, que se beneficiou com as novas tecnologias para sementes. Mais recentemente, a produção da cana-de-açúcar atravessou a fronteira de São Paulo até o Mato Grosso do Sul, na procura por terras mais baratas. A produção e a área de cultivo da cana quadruplicaram desde 2003 no estado, que contou ainda com a participação cada vez maior de irrigação, mecanização e migração da mão de obra.
Embora o Pantanal esteja relativamente bem conservado, em parte devido a esforços ativos de preservação, a pecuária extensiva praticada na região deixou marcas na paisagem do estado. Menos de 25% da vegetação nativa do Cerrado e apenas 10% da Mata Atlântica original do Mato Grosso do Sul permanecem. A aplicação eficaz do novo Código Florestal oferece uma chance para o aumento da conservação na região, porque a lei exige a proteção de terras privadas. Noventa e cinco por cento da área rural do Mato Grosso do Sul pertencem a propriedades de médio e grande porte. À medida que esses produtores se tornarem mais integrados com as cadeias de abastecimento que exigem o cumprimento do Código Florestal, seus incentivos para proteção dos seus recursos naturais e cumprimento da lei aumentarão.
O estado de Mato Grosso do Sul é composto por três biomas diferentes. A maior parte de sua área é coberta pelo Cerrado, um tipo de savana tropical caracterizada pela sua biodiversidade e estações climáticas bem definidas, solo arenoso e vegetação baixa e arbustiva. Também é considerado um dos biomas menos protegidos do Brasil. Só nesse estado, o Cerrado perdeu ao menos 76% da sua vegetação original. O Pantanal, por sua vez, é considerado o mais protegido dos biomas no Mato Grosso do Sul, com 86% da sua vegetação original inalterada. Essa região compreende a maior zona úmida tropical do mundo, com áreas que abrigam uma grande variedade de espécies vegetais e animais aquáticos. O terceiro bioma é o da Mata Atlântica, que abrange aproximadamente 18% da área do estado. Mato Grosso do Sul é considerado o estado com menos degradação desse bioma desde 2008 (menos de 3% da sua área no estado), mas apenas 11% da sua cobertura original permanecem.
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